“O Alerta Celular é uma ferramenta de combate ao crime que o estado do Amapá está oferecendo à comunidade. O motivo da implantação desse serviço é diminuir o número de celulares furtados ou roubados, e criar nas pessoas a cultura de não comprarem aparelhos celulares de origem duvidosa”.
A afirmação é do secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública, o Coronel PM José Carlos Corrêa de Souza, explicando a respeito da nova ferramenta que a Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp) colocou à disposição da população para que o cidadão ajude a polícia a combater a criminalidade.
O cadastro no Alerta Celular é simples. “Como qualquer cadastro que se faz via WEB, a pessoa acessa o Portal da Segurança, da Sejusp (www.portaldaseguranca.ap.gov.br), onde tem um atalho para o sistema. O cidadão clica em ‘cadastrar’, coloca seus dados e o IMEI do seu telefone. Uma coisa importante: a pessoa pode cadastrar vários telefones. Não é um cadastro para cada telefone. Esse cadastro pode, inclusive, ser feito pelo celular”, disse o secretário.
Caso o celular cadastrado seja extraviado, furtado ou roubado, a pessoa volta ao sistema e aciona o “alerta” de restrição. Quando o aparelho for encontrado, em alguma abordagem policial, a pessoa que tiver de sua posse será conduzida à delegacia de polícia para explicar porquê está portando um aparelho com alerta de restrição.
O secretário Carlos Souza observou que o serviço só foi possível porque a Sejusp, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública de Pernambuco, recebeu autorização para usar o sistema desenvolvido por aquela secretaria, e que hoje já funciona também no Pará. O Amapá é o terceiro estado brasileiro a implantar o sistema.
“A partir daí nós criamos o Alerta Celular no Amapá com ajuda do Prodap (Centro de Gestão da Tecnologia da Informação). Hoje, todo cidadão do estado do Amapá pode cadastrar o seu celular, semelhante ao cadastro de um veículo, e quando tiver um estravio, roubo ou furto do seu celular, a pessoa volta ao site e cria um ‘alerta’, que já é um registro de ocorrência”, frisou.
Ele mencionou ainda que as forças de segurança pública vão, em todas as abordagens policiais – já existe um Protocolo Operacional das forças de segurança pública -, consultar o IMEI (número de identificação global do aparelho) do celular.
AS ESTATÍSTICAS
Perguntado sobre a razão que levou a Sejusp a implantar o cadastro WEB de celular no Amapá, o secretário justificou que foi identificado, por estatísticas, que o celular virou moeda corrente, tanto para tráfico de entorpecentes, quanto para controle do crime.
“A grande oferta de celular – praticamente toda pessoa tem um celular hoje em dia -, levou os meliantes a adotarem em suas abordagens às pessoas, a prática de levarem o celular. Além de ser um trabalho muito forte para coibir que esse crime ocorra, o Alerta Celular vai desestimular o comércio desses aparelhos furtados ou roubados. Precisamos mostrar para as pessoas que elas não podem comprar um celular de origem duvidosa. Fazendo esse cadastro o cidadão está auxiliando a segurança pública para que ela possa combater, de maneira técnica e segura, esse tipo de crime”, ponderou.
Tem outra vantagem: a pessoa não precisa ir à delegacia registrar ocorrência. Ela faz tudo de dentro de sua casa, pelo sistema WEB.
Sobre a expectativa de redução de furtos e roubos de celulares, Carlos Souza lembrou que o sistema está em fase de divulgação para mostrar às pessoas como o serviço funciona.
“Temos como parceiros a Fecomércio e a Agência Amapá, que vai fazer a divulgação nas lojas, onde o cidadão pode cadastrar/habilita o celular. Temos essa nova turma de soldados da Polícia Militar já está recebendo instrução nesse sentido. E nós temos a previsão de que agora, em dezembro, devido às festividades de final de ano, nós começaremos a fazer as consultas aos celulares indicados com restrição (alerta)”, pontuou.
“Mas de nada adianta fazer a consulta de celular se o cidadão não cadastrar o seu aparelho. É por isso que eu peço: cadastre o seu celular. Vamos criar um grande banco de dados para inibir essa prática criminosa de furto e roubo de celular. Nessa primeira fase, que deve ser de dezembro a fevereiro, esperamos ter uma redução de 10% a 15% nos furtos e roubos de celulares”, avaliou.
Quanto à segurança acerca da consulta de situação do celular, o secretário reforçou que a consulta será feita unicamente pelas forças policiais.
“Todo policial, seja ele militar ou civil, terá um cadastro que permitirá a consulta. O cidadão vai cadastrar o seu celular, mas quem consulta e verifica se há restrição é o policial. O cidadão vai informar, no momento do cadastro, os dados do celular. Porém a consulta é feita pelas forças policiais”, arrematou.
(Coordenadoria de Comunicação Social/Sejusp)