Setor cultural do Amapá emite Carta Aberta à população Mais de seiscentos artistas, produtores e outros segmentos do setor cultural amapaense assinam a ‘Carta aberta pela cultura do Amapá’ com o objetivo de alertar a população sobre a forma com que a atividade cultural do estado é conduzida à mercê de equivocadas indicações políticas e partidárias em detrimento dos grandes tesouros culturais locais que precisam ser preservados, incentivados e fomentados. Por causa disso, esclarece o documento, a cultura amapaense sofre verdadeiro desastre em suas atividades, e só pode ser assim, pois os gestores nomeados, sem compromisso com o setor, não dispõem do conhecimento nem possuem os instrumentos necessários para colocar um ponto final à situação de pedinte em que vivem os artistas amapaenses. A Carta também objetiva alertar e lembrar o governador Waldez Góes do compromisso que há dez anos ele firmou de conduzir pessoalmente a cultura do estado do Amapá. Acompanhe o documento: ‘Carta aberta pela cultura do Amapá’ A cultura é a melhor ferramenta para ressuscitar os sonhos dos brasileiros. Trata-se, afinal, da única atividade universal que apenas soma, jamais divide e sempre multiplica. Fazer e difundir cultura proporciona prazer, alegria e conhecimento. A cultura está no cerne da economia criativa. Gera empregos, aumenta a renda, melhora a qualidade de vida. A cultura se afirma como um dos elementos constitutivos da própria democracia. É ela quem qualifica e dá sentido à experiência humana, ao estabelecer os laços da vida social. Somente a cultura pode agregar valor ao desenvolvimento e abrir caminho para a inovação no seio da sociedade. Entendida deste modo, a cultura se coloca na centralidade da agenda pública contemporânea, permeando todos os campos da vida social, todas as áreas do conhecimento, como algo inerente ao próprio ser humano. O Amapá é uma das maiores promessas econômicas do Brasil. Nossa diversidade cultural e artística representa verdadeiros tesouros nacionais. Um grande Estado precisa ter um desenvolvimento cultural à altura de sua grandeza. É a cultura que dá sentido à cidadania. É ela que nos torna brasileiros Amapaenses, do Oiapoque a Vitória do Jari. A cultura deve ser parte central do estado democrático e plural que queremos. O Amapá possui grandes tesouros culturais que precisam ser preservados, incentivados e fomentados. Podemos afirmar que temos um estado extremamente rico culturalmente. Nossa música, teatro, dança, cultura popular e afrodescendente, literatura, artesanato, capoeira, artes visuais, audiovisual e gastronomia nos enchem de orgulho ao mesmo tempo que nos enchem também de cuidados e responsabilidades. Atravessamos um momento de muitas expectativas pós eleição, uma vez que as indicações políticas e sem compromissos têm causado grandes prejuízos à cultura do Amapá. São gestores sem o menor conhecimento dos instrumentos necessários para a efetivação do Sistema Estadual de Cultura, sem o menor tramite e conhecimentos sobre o pensamento e as necessidades dos fazedores de cultura do Estado. Um gestor sem essas qualidades causa um verdadeiro desastre no meio cultural. Este documento tem por objetivo alertar e lembrar o governador reeleito Antônio Waldez Góes da Silva de seu compromisso assumido ha dez anos de conduzir pessoalmente a cultura do estado, criando instrumentos que quebrem o pires de pedinte existente até hoje nas mãos dos artistas amapaenses. Para este momento precisamos de um gestor para a SECULT que tenha total identificação com os segmentos culturais, que tenha participado da eleboração de todos os elementos referentes à Política de Estado, que vem sendo trabalhada desde o primeiro mandato de seu governo, como a Lei de Incentivo e o Sistema Estadual de Cultura; uma pessoa que tenha o respeito e o trâmite junto às casas legislativas e ao MINC. Continuamos acreditando na sensibilidade do governador Waldez Góes e no seu compromisso com todos os fazedores de cultura do estado do Amapá”.