Um dos momentos mais emocionantes de Lula nos últimos 7 meses, todos dentro da cadeia em Curitiba ou prestando depoimento sobre outros processos que responde por crimes, foi quando quase – QUASE – ganhou liberdade graças a uma lambança protagonizada por um desembargador militante e três patetas do petismo.
Era uma tarde de julho quando Rogério Favreto, desembargador plantonista do TRF-4, atendeu a um pedido dos advogados e deputados federais petistas Wadih Damous, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira, para conceder um Habeas Corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre pena de prisão por ter sido condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.
Poucos minutos após a decisão, o juiz Sergio Moro se manifestou contra a soltura de Lula, e foi respeitado pela Polícia Federal. O desembargador Gebran Neto, relator da Lava Jato, também se colocou contra o HC pois um plantonista jamais poderia revisar uma decisão proferida em colegiado. Por fim, o presidente do TRF-4, Thompson Flores, colocou uma pá de cal no golpe petista e determinou que a prisão de Lula poderia ser revista apenas pelo Gebran Neto.
O circo armado gerou revolta em boa parte da sociedade civil e levantou muitas suspeitas sobre como tudo aconteceu. Teria sido tudo orquestrado? Três petistas esperaram a hora em que um desembargador militante iria assumir o plantão do TRF-4 para entrar com HC e serem atendidos com tanta agilidade?
As suspeitas resultaram em um pedido de abertura de inquérito da Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, pela suspeita de prevaricação. Segundo ela, a palhaçada de Favreto contém “elementos de ato ilícito praticado dolosamente com o objetivo de satisfação de sentimentos e objetivos pessoais, tipificado pela lei penal.”
Hoje, dia 20, o inquérito chega ao STF e será relatado pelo ministro Barroso.
A informação é do G1.