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EM LARANJAL DO JARI, POLÍCIA CIVIL INDICIA HOMEM POR CRIMES AMBIENTAIS

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Nesta quarta-feira, 5, a Polícia Civil do Estado do Amapá, por meio da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), concluiu inquérito policial, que investigou incêndio e desmatamento em floresta, todos, ocorridos no município de Laranjal do Jari.
Segundo o Delegado Wellington Ferraz, titular da DEMA, as investigações iniciaram em novembro de 2023.
“Durante a ‘Operação Protetores do Bioma’, a equipe da DEMA esteve em uma propriedade rural situada no Ramal do Igarapé do Meio, em Laranjal do Jari, ficando demonstrado, ao longo das investigações, que o ‘posseiro da área’, teria colocado fogo na vegetação de forma intencional, fato que gerou danos a várias espécies nativas. Além disso, praticou desmatamentos ilegais, através de cortes seletivos, em vários pontos em área de mata fechada, todos devidamente visitados por nossas equipes e periciados pela Polícia Científica. A DEMA conseguiu apreender nessa ação uma grande quantidade de madeira processada, que foi apresentada em depósito na sede do município à época. À época dos fatos, estávamos vivendo um calor extremo, por conta de questões climáticas e da intensa estiagem no Estado, o que favoreceu a ocorrência de diversos focos de incêndio, muitos vezes criminosos, como o que o investigado praticou, ocasionando assim, problemas de toda ordem, inclusive respiratórios na população em geral”, explicou Delegado.
Durante interrogatório, o investigado alegou que colocou fogo na área e teria perdido o controle do fogo, que se alastrou para outras áreas. Quanto ao desmatamento, alegou em sua defesa que seria para utilização de obras em seu próprio terreno.
O Delegado destacou ainda, que a quantidade de pontos observados, os ramais abertos na área de floresta nativa, o incêndio proposital, as madeiras processadas em formato comercial, o tipo de madeira e a volumetria observada, não condizem com os argumentos de defesa alegados pelo investigado, o qual foi indiciado pelas práticas dos crimes de provocar incêndio e desmatamento em floresta.
O inquérito policial foi concluído e remetido ao Poder Judiciário.

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