Afro-religiosos debatem racismo e intolerância religiosa em Macapá.
Com o tema: “Vencendo o Racismo Religioso”, a Associação Beneficente Ylê Oxum Apará (ABYOA), Liga Independente das Religiões Afro-ameríndias do Amapá (LIRA), Federação Cultural Afro-Religiosa de Umbanda e Mina Nagô (FECARUMINA) e Instituto Cultural e Educacional Nina Souza (CENS) realizaram na tarde desta sexta-feira, 15, em Macapá, o 3º Congresso de Religiões Afro-brasileiras no Amapá.
O evento teve lugar na Associação Beneficente Ylê Oxum Apará, localizada no bairro das Pedrinhas, em Macapá, e contou com as presenças de líderes religiosos. Como Babalorixá Olufonnin (Pai Marcos), Pai Salvino, Iyalorixá Ejaredê (Mãe Nina), Mãe Iolete e outras autoridades governamentais.
Poder Público, entidades e associações ligadas as religiões afro-ameríndias estiveram presente no congresso para debater o enfrentamento ao racismo religioso e intolerância religiosa.
Dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República mostram que a cada três dias há uma denúncia de intolerância religiosa no país. Neste ano de 2018, os crimes vêm aumentando em 800% comparado a todo o ano de 2017. O Brasil teve 697 denúncias de intolerância religiosa entre 2011 e 2015, segundo dados da Secretaria Especial de Direitos Humanos. O principal alvo são as religiões afro-brasileiras. (Fonte: ONU)
Prêmio Mãe Dulce
Na mesma ocasião, foi entregue a terceira edição do Prêmio Mãe Dulce, para homenagear mulheres e entidades de religiões de matriz africanas que se destacaram no ano de 2017/2018, por sua luta social e resistência política na sociedade amapaense. O prêmio foi entregue à 20 personalizadas ligadas ao movimento negro no Estado, entre sacerdotisas de cultos afros, historiadoras, pesquisadoras, professoras, presidentes de entidades e associações. O prêmio foi uma homenagem ao Dia Estadual dos Cultos Afro Brasileiros, comemorado no dia 08 de maio.
A premiação leva o nome de Dulce Costa Moreira – Mãe Dulce, sacerdotisa dos cultos afro-brasileiros, que iniciou as atividades religiosas de tambor de mina, no terreiro Santa Bárbara, no ano de 1962, no Estado do Amapá.