O ambiente de negócios e as ferramentas de incentivo ao crescimento e fortalecimento dos pequenos empresários no Amapá foram alguns dos assuntos tratados pela nova presidente do Fórum Estadual de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Amapá, Tânia Maria, e os membros titulares e suplentes, na primeira reunião ordinária de 2018, do colegiado.
O encontro teve como objetivo a apresentação da nova presidente do conselho, que também é diretora-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá (Agência Amapá) e, a leitura da carta elaborada pelos comitês temáticos, após encontros realizados em 2017, onde foram detectadas as demandas prioritárias das micro e pequenas empresas no Estado.
De acordo com o documento, a falta de acesso à internet de qualidade, a desoneração da taxa paga pelos microempreendedores individuais, compras governamentais e pregão presencial, estão entre os principais assuntos elencados como prioritários pelos comitês, para que haja o desdobramento de novas ferramentas de incentivo ao desenvolvimento do setor terciário da economia amapaense.
Durante a reunião, Tânia apresentou aos participantes, os projetos da Agência Amapá, voltados ao micro e pequeno empreendedor e empreendedor individual, que ainda estão em fase elaboração, como as ações itinerantes nos municípios, onde serão divulgados os projetos Minha Primeira Empresa e a Sala do Empreendedor, que vai funcionar no prédio da Agência Amapá, em Macapá.
O Fórum, vinculado à Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá, é uma ferramenta que busca o amplo debate, orientação e a formulação de novas políticas de desenvolvimento para as micro e pequenas empresas e o microempreendedor individual do Estado. Representado por entidades governamentais e também da iniciativa privada, o fórum também visa fortalecer a atuação das entidades no desenvolvimento de ações que beneficiem o setor.
Discussões
O diretor-superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Amapá (Sebrae), João Carlos Alvarenga, considerou o fórum como a melhor ferramenta de apoio aos pequenos empreendedores.
“É das reuniões do fórum que sairão todas as propostas que irão facilitar o acesso desses empreendedores a ferramentas de incentivo ao crescimento. Quero dar as boas-vindas à Tânia Maria como presidente. Desejo que ela seja a nossa guia, de fato, para que possamos pôr em prática tudo o que for decidido”, pontou Alvarenga.
O presidente da Federação das Entidades de Empreendedores Individuais, Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Comércio e Serviços do Estado do Amapá (Femicro/AP), Raimundo Simão, também falou da expectativa como membro do Fórum a partir da posse da nova presidente.
“Sabemos que os pequenos e médios e empreendedores individuais não querem apenas o incentivo financeiro. Eles buscam, também, se capacitar para ofertar um trabalho de qualidade ao seu cliente. E eu tenho certeza que a nova presidente vai ter esse olhar e, sem dúvidas, o fórum vai ser o canal para que isso de fato aconteça”, destacou Simão.
Ao cumprimentar a nova gestora, a presidente da Associação do Microempreendedor Individual (Amei), Socorro Leite, falou das principais dificuldades enfrentadas pelo microempreendedor individual e, solicitou que sejam discutidas ações para combater a problemática, entre elas, as taxas consideradas altas pelos associados.
Para o presidente da Associação Comercial e Industrial do Amapá (Acia), Jaime Nunes, é muito importante que exista o fórum para dar apoio aos pequenos empresários e ajudá-los a se desenvolver. “O fórum cumpre o papel de criar um canal de acesso dos micro e pequenos empreendedores ao desenvolvimento. Como todos sabem, eu iniciei como pequeno empreendedor e, hoje, sou grande e sei o quanto este apoio é importante”, enfatizou Nunes.
A nova presidente garantiu que não medirá esforços para promover o desenvolvimento econômico do Amapá. “Eu assumi a pasta econômica do Estado com o objetivo de industrializar o Amapá. Porém, não podemos esquecer os microempreendedores e os empreendedores individuais, pois eles são a etapa inicial do processo de industrialização”, pontuou a Tânia Maria.