Atender os pacientes de acordo com a gravidade de cada caso, é um dos pontos importantes que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Sul de Macapá está utilizando. Trata-se do acolhimento com classificação de risco que possibilita distinguir casos mais graves, que devem ser atendidos, imediatamente, daqueles que têm condições de aguardar.
A iniciativa, além de identificar casos prioritários, também facilita o olhar da equipe de enfermagem responsável por essa triagem, no que diz respeito à identificação dos pacientes, cuja prioridade é definida pela cor da pulseira, que ele receberá.
As pulseiras são nas cores azul, verde, amarela, vermelha ou laranja. No caso do paciente com a pulseira verde, representa que ele não corre risco de morte, podendo ser atendido sem prioridade. Quanto aos pacientes identificados com a pulseira azul, são aqueles que poderiam procurar uma UBS no próprio bairro, sem precisar ir a uma UPA. Como ele não corre risco de vida, poderá aguardar um pouco mais para ser atendido.
Já o paciente que receber a pulseira amarela ou vermelha, é porque necessita de atendimento de emergência ou de urgência e será prioridade, pois corre risco de morte. Ele, então, será imediatamente encaminhado para o médico que vai avaliar e tomar as providências necessárias. E o que receber a pulseira laranja será aquele que precisar de atendimento urgente com risco de agravamento do quadro clínico.
Essa orientação, inclusive, foi repassada ao autônomo José Mendes. Ele procurou a UPA Zona Sul por causa do problema de pressão, com o qual foi diagnosticado. “Cheguei aqui e a recepcionista me direcionou para o hospital de especialidades, por conta do meu encaminhamento. Cheguei a ser atendido, medir a pressão, mas eles me explicaram que esse acompanhamento tem de ser feito pelo posto de saúde próximo da minha casa ou bairro”, compreendeu o autônomo.
Dependendo do caso, o paciente será transferido para uma das unidades de referência, como o Hospital de Emergência (HE), Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal) ou Hospital da Criança e do Adolescente (HCA).
Além desse procedimento imediato que envolve a classificação de risco, os pacientes tem à disposição outros serviços na UPA, que servem de suporte para a equipe médica, como diagnóstico por imagem, ultrassonografia, eletrocardiograma, raios-X, exames laboratoriais, consultas médicas, curativos, transferência de pacientes e pequenas internações.
“É importante deixar a população orientada quantos aos atendimentos que serão ofertados na UPA. Os casos de rotina e prevenção, acontecem nas UBSs. Não iremos negar atendimento, mas ele será priorizado pela gravidade”, reforçou o secretário de Estado da Saúde, Gastão Calandrini. Ele ainda lembrou que, sete em cada dez pacientes que chegam aos hospitais, não são casos de emergência e acabam superlotando as portas de entrada.