O Plenário do Tribunal de Justiça do Amapá lotou, na manhã da última segunda-feira (10), quando recebeu a apresentação de sensibilização da Avaliação de Competências e Responsabilidades do Projeto Melhor +, que integra o Planejamento 2015-2020 do TJAP. Conduzida pelo consultor Victor Barbalho, da Leme Consultoria, a palestra faz parte da quarta etapa de atividades da implantação do Modelo de Gestão de Pessoas por Competência.
Segundo o presidente do Comitê de Gestão de Pessoas e gestor do Projeto Melhor +, juiz Esclepíades de Oliveira Neto, uma das maiores contribuições desta iniciativa é a objetividade no trato com a força de trabalho. “Em geral, os tribunais têm grandes equipes, mas com muita subjetividade na hora de promover e gerir a força de trabalho”, observou o magistrado.
A gestão por competências traz mais objetividade às decisões de gestão, oferecendo uma ferramenta que tende a aprimorar a produtividade e eficiência de qualquer equipe, garantiu o juiz Esclepíades.
“Somos todos sujeitos a falhas, mas principalmente quando sujeitos ao subjetivismo, que nos atrapalha involuntariamente, seja na avaliação de mérito ou demérito”, garantiu o magistrado, acrescentando: “quero conhecer cada um de vocês pelos seus conhecimentos, habilidades e atitudes comportamentais, pois depois de nós, outros virão”.
Tratando da evolução da implementação do projeto, a diretora do Departamento de Gestão de Pessoas (Degesp), Milena Salomão, esclareceu que o programa avançou no mapeamento técnico e comportamental. “O fundamental é que precisamos que gestores avaliem seus colaboradores de maneira impessoal, demonstrando seus diferenciais e carências, pois só assim poderemos elaborar iniciativas que possam compensar as lacunas rumo à maior eficiência e produtividade”, garantiu.
O consultor e psicólogo Victor Barbalho deixou claro para os presentes que só é possível atingir o futuro desejado por qualquer organização se for possível aproveitar o que há de melhor em cada profissional que a compõe. “Cada atividade específica que compõe o todo da atividade de uma organização possui um modo ideal de operar, mas este ideal só pode ser atingido com a detecção, em cada ator, das competências que eventualmente lhe faltem para chegar neste ideal”, assegurou o consultor.
“Da mesma forma, é preciso saber das competências e diferenciais que cada colaborador possui, para melhor aproveitá-lo, pois ele pode estar subaproveitado na posição atual. Quando você tem competências que não são aproveitadas, seu tempo ali será ocupado com atividades outras de qualquer jeito, nem sempre no melhor interesse da instituição”, ressaltou.
Segundo a secretária executiva da Escola Judicial do Amapá (Ejap), Alessandra Gusmão, a avaliação das necessidades de capacitação dos servidores, detectada a partir do processo de Avaliação de Competências, gera uma fonte a mais de detecção de demandas profissionais da Justiça do Amapá.
“Na maioria das vezes a demanda vem de maneira mais direta, com o gestor de uma determinada área procurando a Ejap e apontando uma lacuna de capacitação. Com este processo da avaliação, temos uma percepção melhor da realidade, nos proporcionando uma visão e planejamento ainda mais amplos e aprimorando ainda mais nosso potencial de atendimento às necessidades da organização e de cada profissional”, complementou.
O chefe do Núcleo de Estatística do TJAP, servidor Carlson Uchoa Pinto, ressaltou que a base de dados resultante de todo o procedimento da Avaliação de Competências do Projeto Melhor + ficará na posse do Tribunal de Justiça do Amapá. “A partir dessas informações poderemos cruzar informações e produzir estudos que podem contribuir para decisões da administração quanto a demandas que ainda nem conhecemos, indo além desse foco inicial”, garantiu.