Um desafio bizarro, tem circulado pelo whatsapp, conhecido como “Boneca Momo”, onde leva pessoas, em especial crianças, ao sufocamento. O desafio não é brincadeira e tem chamando atenção de muitos pais e educadores sobre os limites para o acesso da internet.
Crianças e adolescentes estão se tornando os principais alvos para crimes virtuais, envolvendo desde chantagens e extorsões até casos extremos como incitação a ações que coloquem suas vidas em risco.
No último dia 16, um menino de nove anos, supostamente teria sido induzido a se enforcar por conta do desafio. Ele foi encontrado desacordado pela mãe no dia 15, no quintal de casa, amarrado a uma árvore por um fio de náilon enrolado no pescoço.
“Fiz manobra e respiração boca a boca, ele começou a vomitar o jantar e os vizinhos que estavam jogando dominó na calçada correram e socorreram ele com o pai”, contou a mãe. A criança foi encaminhada ao hospital local, mas acabou não resistindo e morreu no dia seguinte.
A delegada Thais Galba, do departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), disse que não tem prazo para conclusão da perícia no celular e tablet do menino e afirma que nenhuma linha de investigação foi descartada. Os pais da criança não acreditam em suicídio.
A polícia investiga outra suposta vítima da boneca Momo, onde um menino de 12 anos foi encontrado com sinais de enforcamento, no bairro de Aldeia, município de Camaragibe. O garoto está internado num hospital particular de Recife.
O DESAFIO
O novo desafio está sendo comparado com o jogo da “baleia azul”, que fez algumas vítimas em 2017.
Segundo as autoridades, os riscos do jogo são roubo de informações pessoais, assédio, extorsão, transtornos físicos e psicológicos (ansiedade, depressão, insônia) e incitação ao suicídio ou à violência.
Algumas escolas particulares de Recife já emitiram comunicados chamando atenção sobre esse tipo de conteúdo. Os pais devem orientar seus filhos de que é mais um golpe e comentar sobre a importância de proteger seus dados pessoais na internet.
(Com informações da Folha de PE)